O "point" dos verões em São José do Ribeirão era, sem dúvida, a cachoeira da Fazenda Pedregulho.
A pé, de bicicleta, a cavalo ou de carona em algum dos poucos carros (ou até carrocerias de caminhões) que havia na época, o trecho entre o povoado e a cachoeira era bem movimentado naqueles dias.
Visitantes de várias cidades vizinhas se divertiam e se refrescavam nas ainda límpidas águas do rio São José. Os moradores de várias idades faziam do local sua principal diversão nos domingos ensolarados de verão (só concorrendo com o tradicional jogo de futebol, que trataremos em outro post).
Parecia uma praia: vendedores ambulantes, jogos com bola, esteiras e toalhas etendidas pela areia ou na grama circundante, onde muitos se deliciavam com o banho de sol seguido de um mergulho nas frias águas do rio. Os mais corajosos tomavam uma ducha sob a forte queda dágua. Os mais tímidos geralmente ficavam na ponte, acima da cachoeira, só apreciando as beldades.
Os mais corajosos e exibicionistas mergulhavam do alto do muro da antiga usina hidrelétrica da fazenda. Outros corriam pela areia e davam saltos mortais sobre a lâmina dágua, que oferecia alguma proteção contra eventuais erros.
Mas a imensa maioria aproveitava aqueles preguiçosos domingos cochilando sob o sol ou paquerando.
Até a água para beber era fornecida. Bastava ir ao curral dos bezerros e beber água de nascente que jorrava incessantemente de uma tubulação de borracha.
Atualmente a visitação está proibida. Alguns frequentadores desagradaram os proprietários da fazenda com algumas atitudes inconvenientes e o resultado foi a construção de uma porteira e a colocação de uma placa proibindo a entrada. Entretanto, mesmo que tal fato não tivesse ocorrido, o uso do local estaria comprometido: o rio está poluído pelo esgoto vindo do distrito de Amparo, no vizinho município de Nova Friburgo, por onde passa o rio.
Um comentário:
Bons tempos, Marlon! Saudades!!!
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