São José do Ribeirão já era. Era um lugar maravilhoso para se viver. Uma bela praça, a pitoresca igreja no alto da colina, montanhas aconchegantes formando um belo vale coberto de bosques e pastagens, cachoeiras, banda de música tocando no coreto, gente pacata e trabalhadora ... Um paraíso.
O inferno começou a se aproximar desse paraíso quando inventou-se que música deve ser ouvida no mais alto volume possível. E mais: que todo mundo tem que ouvir a música que determinados indivíduos querem, na hora que eles querem e durante o tempo que quiserem. Outros foram convencidos de que música alta em carros atrai garotas. Pronto! Estava criado o projeto do inferno!
Essa onda de falta de educação e de respeito ao espaço alheio chegou a São José do Ribeirão na forma de um quiosque. O inferno se materializou. Já tinha nome, endereço e atividades certas: karaokê, vadiagem, palavrões, músicas de péssimo gosto, bebedeiras, brigas e barulho. MUUUITO barulho! Até que horas? 23h, meia noite, 2h da madrugada, 4h da madrugada... 5h20min foi o recorde. Em quais dias da semana? TODOS!!
Somente após processo administrativo é que aquele quiosque foi fechado. Resultado: alguns meses de paz e sossego e ... ABRIRAM OUTRO QUIOSQUE !!! A menos de 30 metros do que havia sido fechado...
Mas é possível que, se não uma solução, pelo menos um paliativo tenha sido providenciado. Foi publicado o decreto nº 2.043, de 15 de maio de 2009, no qual o prefeito Affonso Monnerat determina:
1- o horário de funcionamento dos quiosques - domingo a quinta-feira, até as 23h; sexta e sabado , até meia noite;
2- a proibição da venda de bebidas alcoólicas;
3- a proibição da venda de bebidas em embalagens de vidro;
4- a cassação do alvará de funcionamento em caso de descumprimento.
E que Deus nos ajude!
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