O lindo poema de Paulo Reis conta, em verso e com sensibilidade ímpar, a vida de quem foi criança ou adolescente em São José do Ribeirão entre as décadas de 1960 e 1980. Se você se encaixa nesse perfil, sentirá certamente uma doce saudade ao ler essas linhas. Mas se você não teve esse privilégio, deleite-se com a poética descrição da nossa bucólica terrinha daquela época. Parabéns Paulinho!
MEMÓRIAS
(Paulo Reis)
A vida passava mansa
sob o olhar de São José.
O time de futebol
domingo dava olé.
Nas asas da liberdade,
arredio dos espinhos,
sentia-me mais seguro
na praça, ruas e vizinhos.
Palco das minhas artes,
memórias de tempos idos.
Nas jabuticabeiras,
colhíamos os frutos proibidos.
Sonhos, fantasias
de uma vida matinal:
banhos de cachoeira, brincadeiras,
faroeste, inspirado em Chaparral...
Fotografei sua imagem
na retina dos olhos meus,
para olhar lá da igreja
o olhar dos olhos seus.
No aconchego do seu seio,
minha infância foi feliz.
Porém, segui meu caminho,
foi o destino quem quis.
Descrevem esses versos
um pouco do que aí vivi.
Viva o 1º de Maio!
Viva a terra em que nasci!
2 comentários:
Oi, Marlon,
Você é um pouco responsável por esse poema. Quando escrevi o poema Friburgo, você me perguntou se eu não iria escrever também sobre São José. Foi então que me surgiram esses versos, Memórias.
Um abraço e obrigado pela publicação.
Fico honrado e feliz por saber que contribuí, ainda que involuntariamente, para a produção dessa obra. Um abração!
Postar um comentário