domingo, 25 de setembro de 2011

Colégio de São José do Ribeirão é matéria do jornal Extra

Weverton dos Santos e Monaria Leal.
Foto: Bruno Gonzalez
Escola de Bom Jardim luta para ir bem de novo no Enem, apesar da enchente
 Fonte: Extra.globo.com
Por Matheus Vieira
20/09/2011

Weverton dos Santos, de 17 anos, e Monaria Leal, de 16, dividem as salas do Colégio Estadual Professor João Brasil, em São José do Ribeirão, distrito de Bom Jardim, na região serrana do estado, e um sonho: viver de música. Apesar das poucas oportunidades culturais apresentadas nas redondezas, os dois alunos do 2º ano contam com um diferencial: o bom desempenho da escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010.

A Professor João Brasil é pequena: tem um pátio, sete salas de aula e 353 alunos (divididos em dois turnos). E ficou em quarto lugar entre as escolas da rede estadual no Enem, com 609,84 pontos.

Mas, para o próximo exame, marcado para os dias 21 e 22 de outubro, pode ser mais difícil repetir a façanha. O entorno foi bastante prejudicado pelas enchentes de janeiro. A escola ficou intacta, e serviu de abrigo para desalojados. Na casa de Weverton, a água carregou livros, guitarra e móveis. Hoje, a família do estudante já conseguiu se reerguer.

— Sorte que tenho internet, senão não tinha como estudar as matérias passadas.

Apesar das dificuldades, os estudantes estão confiantes.

— Quem está aqui quer muito ir para a faculdade. E a escola é uma referência para a gente — disse Monaria.

Foi com o 3º ano de 2010 que a Professor João Brasil estreou no Enem. Não havia Ensino Médio na unidade até então. Da turma de 12 estudantes, nove entraram em universidades. Pablo Borba, de 20 anos, passou para o curso de Física do Cefet de Nova Friburgo. E também para Uerj, UFRJ e UFF:

— Escolhi ficar no Cefet para ajudar em casa, pois perdemos tudo na enchente.

Para a diretora do colégio, Denise Silva, o segredo está na relação escolar:

— Desejo para eles o que quero para minha filha.

A Seeduc informou que "a Empresa de Obras Públicas visitará as escolas da rede a partir de 2012 para verificar a possibilidade de construção de quadras nas que ainda não dispõem desse espaço. Nesse ano foram levadas em conta outras prioridades, como cobertura, impermeabilização, redes elétrica e hidráulica".

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